sexta-feira, 29 de julho de 2011

Qual foi o último livro que você leu? O que você está lendo agora? E qual é o próximo da lista?

LARISSA ANDRIOLI

Leu: High fidelity, de Nick Hornby.
O que achou? Foda. É incrível como ele disseca a construção que nós temos do amor sem perder a leveza e o humor. E sempre tocando uma música no fundo.
Um trecho que sublinhou: "It seems to me that if you place music (and books, probably, and films, and plays, and anything that makes you feel) at the center of your being, then you can't afford to sort out your love life, start to think of it as the finished product. You've got to pick at it, keep it alive and in turmoil, you've got to pick at it and unravel it until it all comes apart and you're compelled to start all over again. Maybe we all live life at too high a pitch, those of us who absorb emotional things all day, and as a consequence we can never feel merely content: we have to be unhappy, or ecstatically, head-over-heels happy, and those states are difficult to achieve within a stable, solid relationship. Maybe Al Green is directly responsible for more than I ever realized. See, records have helped me to fall in love, no question. I hear something new, with a chord change that melts my guts, and before I know it I'm looking for someone, and before I know it I've found her."


Está lendo: 2666, de Roberto Bolaño
O que está achando? Li pouco, mas estou gostando muito por enquanto. Tem um ritmo que não te deixa largar o livro (carrego o tijolo pra ler em ônibus, até), o que é interessante numa obra desse tamanho. Ao mesmo tempo que constrói uma trama instigante, dá pra ver também como o escritor sabe contruir sua narrativa e sua habilidade com as palavras.

Vai ler: As correções, de Jonathan Franzen.
Por quê? A intenção inicial era ler Liberdade, mas aí a Laura elogiou tanto o anterior que resolvi ler antes. Quer dizer, se sobreviver às 848 páginas que estou encarando agora.





LAURA ASSIS

Leu: As correções, de Jonathan Franzen.
O que achou? Sensacional. Leiam, apenas isso
Um trecho que sublinhou: Ficou pateticamente óbvio que tinha pensado que seus livros pudessem lhe render centenas de dólares. Afastou-se das lombadas acusadoras, lembrando como cada uma delas tinha acenado para ele numa livraria com a promessa de uma crítica radical da sociedade capitalista avançada, e o quanto ele ficara feliz em levá-las para casa. Mas Jürgen Habermas não tinha as pernas longas e elegantes de Julia, lembrando uma pereira, Theodor Adorno não tinha o cheiro de vinho lascivo e maleável de Julia, Fred Jameson não tinha a língua habilidosa de Julia. Em torno do começo de outubro, quando Chip enviou seu roteiro acabado para Éden Procuro, já tinha vendido suas feministas, seus formalistas, seus estruturalistas, seus pós-estruturalistas, seus freudianos e seus gays. Quando precisou levantar dinheiro para o almoço com seus pais e Denise, tudo que lhe restava eram seus amados historiadores da cultura e sua obra completa de Shakespeare da Arden, encadernada; mas como uma certa mágica residia em Shakespeare – os volumes uniformes, em suas sobrecapas azul-claras, eram como um arquipélago de refúgios –, empilhou seus Foucault e seus Greenblatt e Poovey em uma sacola de compras, e vendeu todos por cento e quinze dólares.”

Está lendo: Liberdade, de Jonathan Franzen.
O que está achando? Ainda não estou nem na metade, mas por enquanto me parece inferior ao anterior. Só que o inferior do Franzen é muito bom, há que se observar. De qualquer maneira é impressionante como a escrita desse cara pega e eu simplesmente fico todo dia até 2 da manhã lendo. Veremos.

Vai ler: A página assombrada por fantasmas, de Antônio Xerxenesky.
Por quê? Estou só esperando meu exemplar chegar e assim que terminar o Franzen parto para ele. O motivo? Leria de qualquer maneira, porque gostei bastante do livro anterior do Xerxenesky (Areia nos dentes, resenhei aqui) e quero saber o que ele arrumou agora, a sinopse me chamou bastante atenção. Mas tem também o lance de que acho que será interessante para minha dissertação (cujo texto final preciso entregar mês que vem, mas acho que ainda dá para falar algo sobre).







PAMELLA OLIVEIRA

Leu: Coisas Frágeis vol.1 e 2, de Neil Gaiman.
O que achou? Regular. É difícil ler um livro sem compará-lo com o que você considera a obra prima do autor; eu, nesse caso, penso em Sandman, que é o que eu já vi de mais perfeito no quesito quadrinhos, mas esse livro de contos (e alguns poemas) do mesmo autor deixou muito a desejar. Claro, tem as referências culturais típicas do estilo dele, mas achei muita coisa desnecessária e pouca coisa aproveitável que, embora sejam ótimas, não conseguem salvar o livro.
Um trecho que sublinhou: ‎"Tenho pouca paciência para as estações aqui, mas a sua chegada aliviou o frio deste inverno"


Está lendo: Trilogia de Nova York, Paul Auster.
O que está achando? Estou gostando muito por enquanto, ainda estou no primeiro livro, Cidade de Vidro, que tem se mostrado um suspense policial muito inteligente, com vários confrontos de identidade que chegam a me deixar tonta. Estou confiante e acreditando que será uma ótima leitura, como tem sido até agora.


Vai ler: Os homens que não amavam as mulheres, Stieg Larsson. 
Por quê? Dentre todos os que eu pretendo ler, esse é um dos mais cotados para próximo livro, principalmente, porque é um ótimo título, certo? Foi muito bem recomendado também, não ouvi nada de ruim dele ainda, somente que foi uma pena o autor ter morrido etc. Mas me parece um livro interessante e pretendo descobrir em breve.

2 comentários:

  1. Que isso! Até babei com a lista!!! Três dos meus livros favoritos nela, duas tijolos-promessas de leitura ainda para esse ano e o que comecei a ler ontem. Show, Musas!

    P.s.: Pam, finalmente vai ler o oHqnAaM. Todos, acredita \o/ ¬¬

    ResponderExcluir
  2. High Fidelity e 2666 estão na minha mira... bom, mas posso entrar na brincadeira também, né? Então vamos lá:

    LI: "Noturno do Chile", de Roberto Bolaño, magnífico, uma obra fundamental.

    ESTOU LENDO: "Pantaleão e as Visitadoras", de Mario Vargas Llosa, livro divertido e com uma interessante construção narrativa, bastante plural - apesar de alguns de seus recursos se tornarem cansativos a partir de um determinado momento.

    VOU LER: "O Evangelho Segundo Jesus Cristo", de José Saramago, que, na verdade, já comecei, mas tive que interromper por conta de outros compromissos. Espero terminá-lo em breve.

    ResponderExcluir